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[Crítica] Os Vingadores (2012)

Os Vingadores

Uma das maiores realizações cinematográficas dos últimos 10 anos

Depois de muito tempo tentando, o Capitão Nick Fury (Samuel L. Jackson) e a S.H.I.E.L.D., finalmente conseguiram montar um grupo com alguns dos maiores super-heróis da Terra com o propósito de combater ameaças intergalácticas. Dentre eles, está o perigoso e ardiloso Loki (Tom Hiddleston) e agora Thor (Chris Hemsworth), Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Hulk (Mark Ruffalo), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e Viúva Negra (Scarlett Johansson) terão que deixar os problemas e intrigas pessoais de lado para focarem nos males que podem causar danos irreparáveis ao planeta.

Desde que o personagem do Capitão Nick Fury apareceu em um featurette no final do fenomenal Homem de Ferro (2008), começou-se a especular se seria realmente possível a ideia de um filme sobre um dos maiores grupos de heróis dos quadrinhos. E depois de muitos roteiros bem costurados e as necessárias ligações, em 2010 o elenco se reuniu na Comic-Con de San Diego para afirmar que, para a alegria e tensão de muitos fãs de quadrinhos, uma nova produção estava a caminho.

Joss Whedon é um diretor/roteirista bastante habilidoso e já trabalhou com os mais diferentes tipos de mídias nos mais diferentes filmes e seriados que se pode imaginar, então toda essa carga cultural trouxe um estilo único para a obra. Desde o início, Whedon sempre se mostrou bastante preocupado em não alterar os existentes universos dos quadrinhos e nem os longas anteriores e, acima de tudo, mostrou-se um bom pesquisador e conhecedor dos materiais da Marvel Comics. Tudo é muito bem conectado e estruturado e o resultado disso é um grupo que passeia pelos terrores dos Vingadores dos quadrinhos da década de 60 e dos Supremos sem danificar nenhum deles.

Os Vingadores é um espetáculo, lindo. Tudo é muito bem equilibrado no sentido de que nenhum dos heróis presentes tem mais momentos marcantes que outros. Até mesmo a Viúva Negra e Gavião Arqueiro, que não tem filmes solo, tem momentos de destaque. Os efeitos são super competentes, a trilha sonora é frenética e inquietante, tudo é trabalhado na mais perfeita sincronia para envolver o espectador na trama. Não há sequer uma batalha que seja inútil ou facilmente esquecida, todas elas são grandes momentos que vão aumentando o ritmo gradativamente até a épica conclusão de encher os olhos. Outro bom ponto é que o filme não força a humanização de nenhum personagem graças ao dom e a carisma que os personagens da Marvel tem que os assemelha aos meros humanos, diferente dos “heróis-robôs” da DC.

É, literalmente, um sonho realizado para qualquer fã de quadrinhos. Notável, espetacular e, de longe, o filme-evento do ano. O casamento perfeito entre a nona e a sétima arte. Desde Homem-Aranha 2 (2004) não se via um longa de herói desse nível. É uma daquelas obras que eleva os padrões, não só para os seis Vingadores individualmente, mas para todos os outros filmes do gênero que ainda serão feitos. Uma das coisas mais interessantes é o fato de que este abriu espaço para futuras produções como Homem de Ferro 3, que está em andamento, e ainda tornar possível mais relações entre os heróis. Os Vingadores é uma obra concreta, habilidosa e divertida, como um filme dessa temática deve ser.

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